sexta-feira, fevereiro 03, 2006

A marcha para Torino

Pessoal,

Cheguei aqui, depois eu conto como foi chegar aqui fisicamente. Por enquanto, deixa eu contar como foi a preparaçao para chegar aqui.

Inicialmente, o primeiro passo foi me inscrever no site, em 2004, e esperar, esperar, esperar, até que chega uma hora em que avisam que vão começar a ligar para as pessoas, lá por volta de maio/junho. Antes disso, eu recebi uma mensagem pela internet de final de ano dizendo ' caro voluntario' e um torpedo oferecendo ingressos para uma prova de patinação em pista curta a 1 Euro (deve ter sido inspirado na nossa 'brilhante' governadora carioca).

Por fim, você recebe a ligação do pessoal responsável pela seleção. Para Torino, foram 40.000 inscritos para 20.000 vagas durante os Jogos e 7.000 para a cerimônia de abertura. Se acham muito, para os Jogos de Verão a relação candidato/vaga é ainda pior.
Na ligação, o rapaz conferiu os meus dados, perguntou aonde eu gostaria de trabalhar (minhas opções eram uma das Vilas Olímpicas ou a parte de Imprensa, no que obviamente escolhi a segunda opção) e disse que voltaria a ligar em setembro. So que setembro passou, outubro também, e nada, aliás nem comigo nem com ninguem de fora da Itália. O jeito foi escrever um e-mail para eles. Antes disso, escrevi para pedir acesso a área dos voluntarios dentro do
site oficial, e eles autorizaram.

Depois, no início de novembro, recebi a confirmação, quase oficial, de uma pessoa que trabalha dentro da área em que vou trabalhar, de que eu estava dentro. Umas duas semanas depois, chegou o e-mail oficial confirmando minha vaga entre os voluntários que irão trabalhar na área de Imprensa, com um formulário para preencher. Logo depois, consegui a confirmação de que eu vou trabalhar nas provas de esqui alpino em Sestriere, que fica mais ou menos umas duas horas de Torino.


É, eu sei, é longe, mas considerando que eu pretendo ver outros esportes na montanha, fica mais fácil chegar cedo, trabalhar e depois ir ver algum evento do que trabalhar e DEPOIS enfrentar o translado até lá. Claro que se tivesse alguma coisa no meio do caminho ajudaria, mas nem tudo é perfeito. Além disso, nada que uma Gazzetta dello Sport saindo da impressão não resolva para passar o tempo. Outro dia eu vi na Tv a cabo uma reportagem sobre o pessoal que forma grupos nos trens que saem do subúrbio de Paris até a cidade. No final de umas três semanas deve acabar quase a mesma coisa.

Enquanto isso, tinha a questão da logística. Considerando que eu trabalho em um departamento de transporte e logística, isso seria quase que obrigação. O mais fácil foi a passagem de avião, que ficou ajustada com as férias. O problema maior foi a questão da hospedagem. So que essa epopéia merece um post a parte...

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